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  • Foto do escritorEdson Tavares

EXPOSIÇÃO ITINERANTE MOSTRA O PASSADO DE CAMPINA GRANDE EM FOTOGRAFIAS

O tampo de madeira substitui o vidro estilhaçado por balas, na biblioteca 2 da Central de aulas da UEPB, uma triste lembrança do lamentável incidente no 1º de abril; agora o ambiente abriga um evento bem mais agradável e adequado à proposta do local


Biblioteca da UEPB realiza Exposição Fotográfica Itinerante. [Foto: Edson Tavares]

Está acontecendo, no ambiente em frente à Biblioteca 2, da Central de Aulas da UEPB, a Exposição Fotográfica “Campina Grande-PB através de fotografias: a (re)construção da memória cultural, social e histórica dos séculos XIX e XX”, numa promoção do Acervo Dr. Severino Bezerra de Carvalho, da Biblioteca Central da Universidade, e consta de 25 fotos históricas desse período.

O atual Parque Evaldo Cruz, o "Açude Novo", nesta foto da década de 1990, vendo-se, ao fundo o Teatro Municipal e a Av. Floriano Peixoto. [Foto: Edson Tavares]

O objetivo do evento é apresentar a narrativa memorialística produzida ao longo do ano pelo Projeto de Extensão que tem o mesmo nome da Exposição, e que traz, como resultado, a reconstrução histórica da cidade Rainha da Borborema, através da identificação e interpretação das cerca de 530 fotografias, datadas de final do século XIX a meados do XX, que compõem o acervo da instituição. Esta exposição pauta-se no entendimento da função social da Biblioteca da UEPB, que, além de guardar, preservar e disseminar o patrimônio cultural e histórico da cidade, é também a de publicizar a relação da História de Campina Grande com a identidade de sua população, no tocante a eventos históricos, formas arquitetônicas dos prédios e ruas e suas consequentes transformações, influenciando na formação dos valores, comportamentos e tradições dos moradores da cidade.

Ana Carolina Aragão é uma das coordenadoras do Projeto/Exposição. [Foto: Thaís Alves]

Segundo uma das responsáveis pela Exposição Itinerante, Ana Carolina Sousa Silva Aragão, “a gente já vinha fazendo um trabalho técnico com as fotografias, de higienização, de acondicionamento, e percebemos o potencial desse material.” De acordo com Ana Carolina, após um tratamento de recuperação e identificação das imagens, “pensamos em como transformar esse material útil para a academia e para a comunidade, procuramos recuperar, de alguma forma, a história dos eventos, da sociedade, da cultura e da memória local”.


O projeto promove uma parceria com o Departamento de História, através dos professores Luíra Freire e Flávio Santana, já que, como ressalta Aragão, o trabalho “exigiu um estudo sobre a História local, sobre os prédios, a arquitetura, as pessoas envolvidas”.


Prof. Adilson: “a fotografia é uma das linguagens mais significativas da vida moderna." [Foto: acervo pessoal]

Para o Prof. José Adilson Filho, do Departamento de História da UEPB, “a fotografia é uma das linguagens mais significativas da vida moderna. Através dela podemos captar e representar signos e emblemas do cotidiano de uma cidade como Campina Grande. Portanto, uma exposição como essa contribui para aprendermos historicamente como a nossa cidade é complexa, diversa e dinâmica, porque atravessada por singularidades e universalidades, permanências e mudanças, que se misturam e se entrechocam, constituindo uma paisagem social multifacetada”.


Assim, a Rua João Leite (atual João Pessoa), o Açude Novo, a Av. Floriano Peixoto, o Açude Velho, o Colégio Estadual da Prata, o Colégio das Damas, entre outros espaços campinenses, protagonizam esta história, contada nos vidros que restaram na biblioteca, e seguem em exposição até o dia 19 de maio.

Colégio Estadual da Prata, referencial educacional de Campina Grande. [Foto: Edson Tavares]

Cada uma das duas dezenas e meia de fotografias expostas traz ao lado breve histórico, que, apesar de serem textos com alguns problemas de estruturação, procuram situar o visitante no contexto da foto, fazendo com que ele realize uma viagem imaginária das mais interessantes, a um tempo que certamente não viveu e a lugares que jamais conheceu, porque se perderam nas sombras do passado.


Texto: Edson Tavares

Apoio: Thaís Alves

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